Quanto tempo os trabalhadores de SP gastam para chegar ao trabalho
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Quanto tempo que trabalhadores de SP gastam para ir ao trabalho
Em SP, 70% dos trabalhadores gastam mais de uma hora para chegar ao trabalho. Pesquisa mostra perfil do público que gasta mais horas no deslocamento. Bicicleta pode ser uma alternativa para se locomover mais rápido e evitar o transporte público lotado.
Você precisa se deslocar todos os dias? Quanto tempo você gasta? Dá para ir de bicicleta ao trabalho? Precisa fazer integração entre mais de um transporte? O que poderia estar fazendo se não perdesse todo esse tempo?
Essas são perguntas que fazem parte do dia a dia da maioria das pessoas que vivem em grandes cidades. Milhares de pessoas de todos os cantos do Brasil e do mundo vivem em São Paulo, fato que, somado às longas distâncias, também significa que o caminho entre a casa e o trabalho pode ser demorado.
Uma pesquisa publicada em setembro pela empresa Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) mostrou que cerca de 70% dos trabalhadores de São Paulo gastam mais de uma hora para chegar ao trabalho. Isso significa pelo menos duas horas do dia dessas pessoas, já que é preciso ir e voltar.
A desigualdade social na lógica do “direito à cidade” foi escancarada na pesquisa. Os dados mostram que só 16% dos postos de trabalho ocupados pelos mais pobres ficam a menos de uma hora de casa. Isso porque eles costumam morar longe e trabalhar no centro ou nas áreas nobres.
O estudo deixou isso bem claro: “Grupos menos privilegiados na população possuem acesso desigual às oportunidades nas cidades, o que reforça condições de precariedade e adiciona barreiras para que consigam superar essa situação”, diz a nota.
O racismo e o machismo também se mostraram como fatores que influenciam no perfil do público que passa mais tempo no trânsito diariamente. Mais de 50% é mulher, e mais da metade se autodeclara preta ou parda. A bicicleta, por ser mais econômica e democrática, ajuda a resolver essas problemáticas.
Bicicleta como alternativa
As soluções para o problema pedem planejamento e ações efetivas do poder público, como melhorar o transporte público e investir em planos de habitação que garantam que mais pessoas possam morar perto do trabalho, além de investir em mobilidade ativa, como estrutura que privilegia bicicletas.
São Paulo tem a maior malha cicloviária do país: são mais de 700 km de ciclovias e ciclofaixas em várias regiões, especialmente no centro expandido. Esse é um meio de transporte que, além de acessível, é sustentável e democrático.
Em muitos casos, a distância não é tão longa em quilômetros. O que faz com que o percurso seja tão demorado é o fato, por exemplo, de não existirem linhas diretas de alguns bairros da periferia para o centro, ou seja, a pessoa perde muito tempo nas baldeações. Assim, de bike, o trajeto seria mais rápido.
As bicicletas alugadas, aquelas que você pode deixar no meio do caminho, são uma alternativa para quem precisa realmente percorrer longas distâncias. Nesse caso, a dica é fazer parte do percurso de ônibus ou trem e usar a bicicleta em outro trecho, fugindo do trânsito do centro, por exemplo.
É bom lembrar que este texto é sobre ir ao trabalho, mas que as bicicletas são úteis para qualquer deslocamento, como ir à escola ou à faculdade ou mesmo para aquele passeio no final de semana que, além de tudo, acaba sendo também um exercício físico.
Não por acaso, é crescente o número de ciclistas que utilizam esse meio todos os dias na capital paulista. Os relatos dizem que a qualidade de vida pode melhorar bastante, afinal, o próprio caminho pode também ser uma experiência prazerosa. E você? Já pensou em alugar uma bike e fazer o teste?