Consulta médica online no Brasil
Confira a seguir o avanço da telemedicina no país e os fatores que explicam tal fenômeno!
O desenvolvimento científico e tecnológico andam juntos, muitas vezes. Uma prova disso é a telemedicina, que se popularizou em escala global desde o início da pandemia. E isso inclui o Brasil.
De acordo com uma pesquisa divulgada em abril pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), ao menos metade da população brasileira buscou e acessou serviços de saúde online no último ano. Esse fenômeno fez de 2021 o ano do pico da telemedicina no país.
Na impossibilidade de sair de casa para acessar consultas médicas básicas e de rotina, a população se viu obrigada a recorrer às tecnologias virtuais para manter o acompanhamento de seu estado de saúde. Além disso, fatores como o conforto de não precisar sair de casa e o acesso ao prontuário digital foram fundamentais para popularização da telemedicina no país. Entenda melhor sobre este processo a seguir!
Regulamentação e distribuição
A nova realidade trazida pela pandemia, marcada pela explosão de infecções e mortes, sobretudo dos profissionais de saúde que atuavam diretamente no acolhimento e tratamento de pessoas com sintomas da Covid-19, fez com que, em abril de 2020, o Brasil regulamentasse o exercício da telemedicina. Essa estratégia teve por objetivo impedir aglomerações e, assim, reduzir a transmissão do vírus.
Vale ressaltar que os benefícios da telemedicina não se distribuíram de forma homogênea entre a população. As classes A e B representam 42% das pessoas que foram atendidas através de consultas online. Já a classe C corresponde a 22% e as classes D e E 20% da demanda total. A pesquisa entrevistou de 5,5 mil pessoas com idade acima de 16 anos.
Esse estudo indica ainda que 82% dos usuários das classes A e B acessaram a telemedicina a partir da rede privada de saúde, enquanto 78% dos usuários das classes D e E o fizeram na rede pública. Outro dado que chama a atenção é o perfil das pessoas que buscaram a telemedicina: quase 40% deles concluíram um curso de graduação, porcentagem que foi de 22% e 21% entre os que concluíram o ensino médio e o fundamental.
Principais benefícios e limitações
Como qualquer outro procedimento, a telemedicina tem benefícios e limitações. No que se refere ao primeiro, ela evita a propagação de micro-organismos que podem causar diversas doenças (como vírus). Além disso, ela aumenta o acesso a serviços médicos para pessoas com problemas de deslocamento e mobilidade e pode agilizar os primeiros atendimentos (sem haver a necessidade de esperar horas em uma fila).
E ainda mais: quem cuida de crianças ou de familiares doentes, não vai precisar deixá-los sozinhos em casa para receber atendimento. Quem mora em cidades pequenas interioranas, que muitas vezes precisam se deslocar até grandes cidades para conseguir receber atendimentos de médicos especialistas, não vão mais precisar se deslocar fisicamente até eles, garantindo mais conforto e reduzindo gastos financeiros com transporte.
Entre as limitações da telemedicina, estão a impossibilidade de realizar imediatamente um exame físico quando necessário, a possibilidade de não ter seus dados médicos protegidos e a perda do contato olho no olho com os profissionais que te atendem.
Outro desafio é a necessidade de treinamento específico para acolher bem um paciente durante a telemedicina. Isso pode significar uma requalificação completa de cada profissional. Podem-se citar outras desvantagens como a necessidade de ter bom acesso à internet e a falta de contato mais próximo ao profissional médico.
Às vezes, os provedores de treinamento de telemedicina são obrigados a possuir uma licença válida para a localidade em que o paciente se encontra.