Conheça 6 cuidados especiais com o couro
O couro é um dos tecidos mais disputados na indústria de moda e decoração, presentes desde peças do vestuário até a estilização de automóveis.
Neste artigo, em seis tópicos, serão abordados cuidados com o couro e outros pontos, como:
- Como é produzido o couro legítimo?
- Quais são os tipos de couro sintético existentes?
- Como diferenciar o couro natural de sua versão sintética?
- Por que seus valores variam?
Por isso, esse manual vai tornar o consumidor apto a escolher o objeto de couro perfeito para o seu guarda-roupa, para sua sala de estar ou escritório, mantendo um dos tecidos mais nobres em boa aparência por muito tempo.
Entenda o que é couro legítimo e sintético
Há uma grande confusão entre os produtos de couro vendidos no mercado.
Por sua aparência muito similar, o couro legítimo, extraído da pele de animais de grande porte, pode ser confundido com sua versão ecológica, fabricada de derivados de plástico.
O surgimento do couro sintético foi impulsionado por duas razões: a necessidade de oferecer produtos com aparência similar, mas com valores mais baratos, e as questões envolvendo a caça necessária para a curtição da pele, matéria-prima do couro legítimo.
O couro legítimo é um material muito durável, capaz de gerar peças com décadas de existência e em perfeito estado.
Hoje, está presente na indústria automotiva como revestimento de carros de luxo, coexistindo no mercado de borracharia 24 horas.
O tecido nobre é extraído da pele de bois e carneiros criados para abate, um derivado da indústria de carne e laticínios.
Desde a esfola até sua transformação em couro, a pele é submetida a uma série de processos químicos que usam enxofre, sal e outros minerais.
O couro sintético apresenta um processo de produção mais barato e movimenta a indústria de produção de bolsas, mochilas, móveis, roupas, calçados e outros artigos.
A classe de tecidos que simulam o couro legítimo nessas ocasiões é chamada de napas.
Napas
As napas são derivadas de plástico, formando mais uma ramificação desta gigantesca indústria. Muitos consumidores usam o termo para qualquer tipo de couro ecológico, mas é importante considerar as diferenças entre cada tecido.
Poliuretano
O poliuretano é a matéria-prima do couro “PU” mais comumente visto em móveis e roupas.
Ele é característico por seu toque macio e seu processo de descamação quando exposto a condições inadequadas.
De todas as napas, esta é a mais macia e flexível, sendo por isso mais presente em peças do vestuário, como calças, jaquetas, saias e blusas, um material adquirido por uma fábrica de camisetas lisas a custo reduzido.
A transformação do poliuretano em tecido análogo ao couro foi o que permitiu sua inserção na moda popular, sendo um dos acabamentos mais buscados em roupas de inverno, abrindo caminho para toda uma nova indústria.
Usualmente, o couro PU é comercializado nas cores preta e marrom, com poucas variações.
No mobiliário, compõe sofás e poltronas, além de detalhes de puxadores ou alavancas em catracas de acesso.
Polipropileno
O polipropileno é outra resina derivada de plástico, mas em sua produção para o couro, gera resultados menos elásticos que o couro PU, sendo por isso mais comumente usada na fabricação de botas, calçados em geral, bolsas e mochilas.
É mais resistente que sua versão em poliuretano, mas apresenta um visual mais rústico e menos maleável, de toque mais áspero, sendo uma napa empregada na produção de móveis como uma alternativa para aqueles que não querem lidar com a descamação.
Entre todos os couros sintéticos, o polipropileno é o que menos se parece com o couro legítimo devido à sua superfície mais dura.
Por isso, dificilmente será visto em peças do vestuário, mas pode revestir alças de um crachá de identificação funcional.
O que considerar no couro natural?
O couro legítimo é caracterizado por sua permeabilidade e pelo aspecto exclusivo de cada peça, quando observada detalhadamente, uma vez que trata-se de um produto 100% natural. Por essa razão, alguns fatores podem atestar sua procedência:
Permeabilidade
O couro natural é permeável, uma característica que pode ser observada em um teste simples.
Basta derramar uma pequena quantidade de água sobre a peça, se o tecido absorver gradativamente o líquido, é sinal de que o couro é legítimo.
Vale ressaltar que as versões sintéticas são derivadas de plástico, um produto impermeável.
Uma peça de roupa ou mobília revestida com o couro sintético não será capaz de absorver a água, a menos que esteja desgastada, com rasgos que exponham o tecido por debaixo.
Preço
O preço das peças de couro legítimo é muito maior quando comparado com o couro sintético, o que pode ser um indício de sua procedência.
Especialmente quanto aos itens de moda, as informações na etiqueta podem sinalizar a natureza do tecido.
Pelas de couro legítimo são marcadas como “100% couro”, “feitas com produtos animais” ou mesmo o termo “couro genuíno”. O valor de jaquetas, bolsas e sapatos de couro natural não costumam ser inferiores aos quinhentos reais, muitas podem passar dos mil reais.
Aparência e textura
A aparência e a textura de um uniforme de eletricista feito em couro natural se distingue do couro sintético.
Enquanto o segundo apresenta toque e aspecto uniforme em todas as suas partes, o primeiro conta com variações diversas.
Um modo de observar isso é comparar a textura da peça em suas extremidades com a textura em seus pontos centrais. Peças de couro legítimo apresentam extremidades mais ásperas, devido ao processo natural de desgaste da fibra.
Aumentando a validade das peças de couro
Para aumentar o tempo de uso do couro sintético e legítimo, é necessário atentar-se para alguns cuidados importantes.
Apesar da natureza distinta, existem algumas ações eficazes para ambas as versões, onde as principais recomendações são:
1 – Hidrate a peça
Hidratar a peça de couro é uma medida muito importante para conservar a maciez e elasticidade do couro natural e sintético. Com efeitos mais visíveis no couro legítimo, a hidratação do couro PU pode evitar a descamação.
O processo é ainda mais importante em peças maiores, que estão mais vulneráveis à agressão. O dono de uma jaqueta, calça, blusa ou sapato em couro pode aplicar um hidratante corporal comum em pequenas quantidades, espalhando por toda a extensão.
2 – Evite dobras e arranhões
As dobras podem ser fatais para o couro sintético, especialmente aqueles que são derivados de poliuretano, mais sensíveis.
Além de causar vincos e irregularidades aparentes, as dobras e arranhões aumentam o risco de rasgos e descamação.
Por isso, a peça de couro não deve ser lavada como uma roupa comum, nem submetida às máquinas centrífugas.
Uma transportadora de pequenas cargas também deve atentar-se para o transporte seguro desses produtos, evitando impactos.
3 – Atente-se para as condições do tempo
As mudanças de estação podem comprometer o modo como se armazena peças de couro legítimo ou sintético.
Especialmente quando se trata do couro natural, alguns cuidados importantes devem considerar os efeitos da umidade na peça.
O armazenamento abafado, em locais suscetíveis ao acúmulo de umidade, pode estimular o desenvolvimento de colônias fúngicas que destroem o tecido, causando manchas e desgaste estrutural da peça até sua inutilização.
No transporte de roupas de couro até pontos de coleta, esse tipo de problema também pode se manifestar.
Para prevenir a infestação de microrganismos, os organizadores de um aluguel de van com motorista devem garantir a circulação de ar e a repressão de focos.
4 – Higienize com pano úmido
Em caso de sujeiras causadas pelo suor ou por derramamento de líquidos, é recomendado que o dono de um item de couro higienize o tecido com um pano úmido, preferencialmente feito de microfibra lisa, com movimentos suaves.
A umidificação do pano é necessária apenas em limpezas periódicas, com a higienização diária realizada apenas por uma flanela seca.
O pano úmido também pode ser aplicado na região interna de jaquetas e calças, evitando esfregar.
5 – Exponha a espaços arejados
Os espaços arejados são o melhor remédio contra a proliferação de micróbios e a eliminação de odores nas peças de couro.
É fundamental que o local esteja seco e na sombra, posto que a exposição solar é maléfica para o tecido.
Outro fator que deve ser considerado nesta hora é a posição com que a peça de couro é deixada. A melhor forma de armazenar ou posicionar uma peça de couro é manter suas formas originais, a fim de evitar distorções.
6 – Evite cabides pontiagudos
Os cabides pontiagudos são comuns entre os fabricados de metal, mas podem se converter em um perigo para blusas, calças ou jaquetas de couro.
Além dos riscos de perfurações e rasgos, seu formato pode deformar a peça, contribuindo com o desgaste em certas áreas.
Ao visitar lojas que vendem itens de metal como escova de carvão, observe formatos que se aproximam do arredondado, com possibilidade de instalações em plástico ou silicone nas extremidades.
Considerações finais
Resumindo, os cuidados com o couro são fundamentais para manter a usabilidade de peças de couro por muitos anos, evitando que o tecido descasque, manche ou sofra rasgos.
Ao considerar o preço e valor estético dessas peças, são investimentos com muito retorno.
Grande parte das dicas apresentadas são simples e acessíveis para qualquer pessoa, tornando a manutenção do couro muito prática, considerando que ações como limpeza e hidratação são realizadas em um intervalo maior que os cuidados com tecidos comuns.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.