Como é a cirurgia para o câncer de mama?
A cirurgia para câncer de mama é um procedimento usado para remover tumores da mama, bem como da área circundante. É um dos procedimentos mais utilizados para tratar esse tipo de câncer, que também inclui medicamentos orais.
A cirurgia é um processo essencial do tratamento do câncer de mama. Ela pode ser feita isoladamente ou em combinação com outros tratamentos como quimioterapia, hormonioterapia, terapia alvo e radioterapia.
Continue lendo este conteúdo caso queira conhecer mais sobre o assunto!
Tipos de cirurgia para o câncer de mama
A cirurgia é um tratamento comum para o câncer de mama, e seu principal intuito é remover o máximo possível do tumor, mantendo uma margem segura. Grande parte das mulheres com câncer de mama passará por alguma cirurgia como parte de seu tratamento, que terá vários motivos, dependendo da situação.
A cirurgia pode ser feita por vários motivos, tais como:
- Remover o máximo possível do tumor;
- Avaliar se a doença se disseminou para os linfonodos;
- Reconstruir a forma da mama após a cirurgia de remoção do câncer;
- Reduzir os sintomas do câncer de mama avançado.
Mastectomia e Quadrantectomia
Há dois tipos principais de cirurgia para câncer de mama: A cirurgia conservadora da mama, também conhecida como Tumorectomia quadrantectomia, mastectomia parcial, ou mastectomia segmentar, trata-se de retirar do segmento ou setor da mama onde está o tumor.
O intuito é remover o tumor junto com um tecido saudável. O tamanho e a localização do tumor, bem como outros fatores determinam a quantidade da mama que é removida.
Já na mastectomia, toda a mama é removida, o que inclui também o tecido mamário e, em certos casos, outros tecidos próximos. Há inúmeros tipos de mastectomias, certas mulheres também podem passar por uma mastectomia bilateral, que envolve a remoção de ambas as mamas.
Definindo o tipo de cirurgia
Várias mulheres com câncer de mama em estágio inicial podem optar entre a cirurgia conservadora ou mastectomias. O principal benefício da cirurgia conservadora é que a mulher mantém boa parte de sua mama.
No entanto, em grande parte dos casos, ela também precisará realizar radioterapia. As mulheres que se submetem à mastectomia em estágios iniciais nem sempre são aconselhadas a fazer radioterapia.
Conforme o tipo de câncer, tamanho do tumor, histórico de tratamento prévio e outros fatores, a mastectomia costuma ser uma opção melhor.
Cirurgia dos linfonodos
Para ver se o câncer da mama se espalhou para os linfonodos axilares, um ou mais gânglios são retirados e examinados no microscópio. Este é um aspecto fundamental do estadiamento da doença.
É possível remover os linfonodos nessa cirurgia de retirada do tumor mamário ou em procedimento separado. Os dois tipos mais comuns de cirurgia para remoção de linfonodos são:
Biópsia do Linfonodo Sentinela
A propagação da doença aos linfonodos segue um caminho que deve incluir um primeiro gânglio pelo qual as células cancerosas devem passar. Apenas o linfonodo contendo o câncer é removido com este procedimento.
A remoção de somente um ou poucos linfonodos diminui as chances de efeitos colaterais cirúrgicos.
Dissecção Axilar dos Linfonodos
O cirurgião irá remover entre 10 e 40 linfonodos axilares durante este procedimento. A dissecação não é feita com a mesma frequência de antigamente, porém, em certas situações pode ser o melhor jeito de observar os linfonodos.
Cirurgia reconstrutora
Após a mastectomia, a cirurgia reconstrutora da mama permite que as mulheres que se submeteram a cirurgias para tratar o câncer de mama optem por ter sua aparência restaurada.
Apesar de cada caso ter que ser avaliado isoladamente, a maioria das pacientes que fizeram uma mastectomia, pode optar entre reconstrução imediata (no mesmo procedimento) ou reconstrução tardia.
Os tipos mais comuns de cirurgia reconstrutiva são:
- Implantes de silicone;
- Enxerto com a gordura da própria paciente;
- Redução da mama;
- Lifting da mama ou mastopexia, que reposiciona a aréola e o tecido mamário, removendo o excesso de pele;
- Correção da cicatriz;
- Uso de retalhos de pele e de tecido de outra região para reconstrução da mama.
Além de seu papel curativo no tratamento do câncer, a cirurgia também pode ser útil para prevenir a recorrência do câncer no futuro: trata-se da cirurgia preventiva.
Várias mulheres com histórico familiar de câncer (em parentes próximos), com confirmação de mutações no gene BRCA (diagnosticado por testes genéticos), que receberam radioterapia na região torácica antes dos 30 anos.
Ou que já tiveram câncer anterior em uma das mamas passam por exames para determinar o risco de desenvolver a doença. Um médico examinará cada caso para determinar se as mastectomias preventivas são necessárias.
Possíveis efeitos adversos na cirurgia
A cirurgia para câncer de mama é um procedimento seguro, mas com baixo risco de complicações, como todas as cirurgias. A seguir estão os efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer:
- Hemorragia (sangramento);
- Infecção;
- Seroma (acúmulo de líquido no local operado);
- Dor;
- Cicatriz permanente;
- Alteração ou perda da sensibilidade no tórax e nas mamas;
- Dificuldade de cicatrização;
- Inchaço no braço (linfo edema).
Câncer de mama: como tratar a doença?
Segundo o INCA, avanços significativos foram feitos nos últimos anos, principalmente na área de procedimentos cirúrgicos para tratar a doença de forma menos “mutilante” e traumática, enquanto o tratamento individualizado ganhou ainda mais destaque e relevância no processo.
Vale lembrar que o tratamento do câncer de mama tem base no estágio da doença, bem como nas suas características bioquímicas e nas circunstâncias da paciente.
Como resultado, o prognóstico do câncer de mama é determinado pela idade da paciente e pelas manifestações específicas do tumor. Assim, quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura da doença.
Os resultados da mamografia estão resumidos no BI-RADS (Beast Imaging Reporting and Data System, que em uma tradução livre significa Sistema de Dados sobre Imagens das mamas).
O objetivo deste sistema é determinar a probabilidade de uma imagem de mamografia ser cancerosa. Ele não estima o tamanho ou tipo do tumor, nem fornece recomendações de tratamento. O sistema diz apenas quais as chances de ser câncer de mama.
Quando as metástases (a propagação da doença para outras partes do corpo) estão presentes, o tratamento tem como intuito melhorar a qualidade de vida do paciente e aliviar seu desconforto.
Conclusão
Agora que você já sabe quais são os tratamentos para câncer de mama, que tal compartilhar este conteúdo com quem também tem interesse em saber mais sobre o assunto!