Análise Preliminar de Risco e sua importância para o trabalho em altura
Quando o assunto é a segurança do trabalho em altura, fazer uma análise preliminar de risco é fundamental. Independente do segmento da empresa, o trabalho em altura é considerado uma função de alto risco.
Foi pensando no alto risco do trabalho em altura que a APR, Análise Preliminar de Risco, foi criada. Seu objetivo é analisar detalhadamente os possíveis riscos do ambiente de trabalho e garantir a segurança de todos. Sabendo os tipos de riscos, fica mais fácil definir algumas medidas de prevenção.
Segundo o Ministério do Trabalho, o índice de acidentes que envolvem trabalho em altura é alto. Por isso, a APR é uma medida de prevenção essencial para a segurança dos colaboradores.
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Trabalho em altura
De acordo com a NR 35, é considerado trabalho em altura toda a atividade realizada acima de dois metros do chão. As mais comuns são: trabalhos em construções civis, com energia elétrica, limpeza de prédios, e toda atividade que precise de plataformas e andaimes.
Por serem feitas em altura, essas atividades devem ser executadas com a máxima segurança possível para garantir a integridade dos trabalhadores.
Por isso, a NR35 é a norma regulamentadora responsável por estabelecer as normas que contribuem para a segurança dos trabalhadores em altura.
O que é uma análise preliminar de risco?
A Análise preliminar de risco é uma avaliação feita antes do início do trabalho para definir os riscos em potencial do ambiente. Ela é feita por um profissional especializado e capacitado. Ele avalia riscos de quedas, rachaduras, choques elétricos, assim como o funcionamento das máquinas e ferramentas.
A APR está prevista nas seguintes normas: NR12, NR18, NR20. NR 33, NR 34, NR 35 e NR 36.
Importância de uma APR
Não há como negar a importância da APR. Quando se trata de segurança no trabalho em altura, é preciso ser detalhista e cuidadoso e, esse é o foco da Análise Preliminar de Risco.
Através dela, os procedimentos de trabalho ficam mais seguros. Além disso, cria-se um sistema para a realização das atividades. Dessa forma, fica mais fácil identificar e eliminar falhas nos métodos de trabalho.
Uma previsão dos possíveis acidentes traz uma maior consciência a toda equipe, redobrando os cuidados e atenção.
Etapas básicas de uma APR
É muito importante que todos os envolvidos estejam presentes na hora de fazer uma APR, para que toda a equipe tenha uma boa comunicação.
A partir daí, a equipe precisa verificar alguns pontos: O primeiro é se os envolvidos estarão expostos a algum tipo de perigo durante a realização do trabalho.
Caso a resposta seja sim, eles precisam avaliar os potenciais riscos, a distância dessa fonte perigosa e por quanto tempo eles precisam ficar ali. Com esses dados é possível decidir se é seguro realizar o trabalho ou não.
Engana-se quem pensa que a APR só precisa ser feita em grandes indústrias. Em pequenas empresas também é possível realizar esse procedimento, além de ser totalmente essencial para a segurança.
Para isso, basta reunir a equipe, mesmo que seja composta por poucas pessoas. Com todos juntos, será feita uma análise detalhada dos riscos, a organização das etapas e por fim, tomar as medidas preventivas de segurança.
Quando deve ser feita APR
A APR (análise preliminar de risco para trabalho em altura) deve ser feita antes do início da atividade naquele determinado local. É muito importante que a exposição aos perigos, caso haja, seja avaliada antes que comece a trabalhar na área.
Se a atividade já foi iniciada, mas teve alterações, é importante também renovar a APR e manter um histórico dessas atualizações. Geralmente, o processo possui uma hierarquia e é fundamental que ela seja respeitada.
O ideal é que toda a equipe tenha acesso aos relatórios da análise preliminar de risco. Dessa forma, as tarefas podem ser feitas com segurança e objetividade.
A importância de treinamento NR 35 para a APR
A NR 35, determina que o trabalhador precisa estar qualificado para o trabalho em altura. Essa qualificação é feita a partir de um treinamento com carga horária mínima de 8 horas.
Nesse treinamento, além das medidas para realizar o trabalho com segurança, também é estabelecido como se fazer uma análise preliminar de risco para trabalho em altura.
No caso de trabalho em altura, o risco mais comum é o de queda. Mas, outros fatores devem ser analisados, como por exemplo:
- Todo o entorno do local onde será feito o trabalho;
- Sinalizar ao redor do local de trabalho, isolando a área;
- Sistemas e pontos de ancoragem, fundamentais para o trabalho em altura;
- Avaliar as condições meteorológicas;
- É preciso selecionar e inspecionar a utilização dos sistemas de proteção individual e coletiva, seguindo as normas vigentes e as informações do fabricante, incluindo data de validade;
- Riscos de quedas de materiais pesados, condições impeditivas e riscos específicos em trabalhos simultâneos;
- Como supervisionar a atividade;
- Formas para o resgate, caso seja necessário;
- Melhores condições de se comunicar.
Para ter todas as informações, o profissional precisa ter o conhecimento que é passado através do treinamento exigido pela NR35. Todos os encarregados do trabalho em altura precisam conhecer as condições climáticas, os potenciais riscos e as medidas de prevenção e controle.
É necessário então, que a APR esteja no planejamento dos serviços da empresa e que todos participem desse planejamento, visto que as informações precisam ser compartilhadas.